quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Governo anuncia pagamento do Piso em duas parcelas e incorporação do FUNDEB

Está escrito na declaração do governo:

Também já propomos e reiteramos incorporar ao salário dos professores, gradativamente, o Abono FUNDEB, que é pago desde 1997, mas que não é anexado ao vencimento, sobre o qual não incidem vantagens”, explicou o secretário especial de Estado de Promoção Social, Nilson Pinto. O Abono FUNDEB é um valor adicional pago aos profissionais do Magistério pelo governo do Estado e que corresponde a R$ 268,00 para 40 horas semanais, além das gratificações.

Comentário:

A incorporação do FUNDEB ao salário pode ser o indicativo de como o governo pretende pagar o nosso Piso: com a nossa própria gratificação do FUNDEB.

O caminho seria o seguinte: em janeiro o governo fará o alinhamento do vencimento base ao novo salário mínimo, o vencimento passará dos atuais R$1.096,44 para R$1.232,00 (carga horária de 40 h).

Em março fará a incorporação de 50% do FUNDEB, ou seja: R$134,00, o vencimento ficará em R$1.366,00.

Em setembro a incorporação do restante do FUNDEB, o vencimento será de R$1.500,00, neste momento haverá a superação do Piso.

No computo final do salário (vencimento + gratificações) o ganho não será animador, pois haverá aumento do vencimento base e subtração da gratificação do FUNDEB.

Mais uma vez o governo executará a política de conceder um beneficio por uma via e retirar por outra. Esta lógica política já experimentamos em setembro, mês em que supostamente o PCCR foi implantado e que resultou na mudança do cálculo das gratificações, desde então nosso salário ficou menor.

Marcelo Carvalho

terça-feira, 29 de novembro de 2011

corrupção 10 x 0 transparência


Sempre que tento acessar o site da ALEPA, o navegador exibe a seguinte mensagem:


Desde a votação do PPA que tento visitar o site, tenho curiosidade para saber detalhes sobre a votação.

Caro leitor, confira e veja se tem melhor sorte: www.alepa.gov.br

Até agora o placar é o seguinte: corrupção 10 x transparência 0.

Marcelo Carvalho

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Psol também votou contra os professores na CFT

O Deputado Federal Jean Wyllys, do Psol, RJ, também é integrante da CTF e esteve presente na sessão do último dia 23/11, e votou contra os professores.






Como informei, no post anterior, a decisão foi aprovada por unanimidade e Jean Wyllys estava presente, confira Aqui.

Marcelo Cravalho

Quem votou contra os professores na CFT?

Todos os deputados da comissão, confira o resultado:

3 - PROJETO DE LEI Nº 3.776/08 - do Poder Executivo - que "altera a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que regulamenta a alínea "e" do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica".
RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do Substitutivo do Senado Federal ao PL nº 3.776-D/08.

APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER.

Marcelo Carvalho

Quem preside a CFT?

A CFT aprovou, em 23/11/2011, modificação na fórmula de calcular o reajuste de nosso Piso salarial e seu presidente é:

O deputado Cláudio Puty, do PT-Pa, e segundo consta no site da Câmara, ele esteve presente no dia da votação, mas ainda não consegui saber se votou a favor ou contra os professores.

Outro deputado paraense que integra a comissão é José Priante, do PMDB-Pa, porém, este esteve ausente no dia da votação, ausência não justificada segundo o site da Câmara.

Click na imagem para conhecer todos os deputados da CFT


Marcelo Carvalho

Comissão rejeita nova regra para reajuste do piso nacional de professores

A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou nesta quarta-feira (23) o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que estabelece nova regra para o reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública. Atualmente, o piso é de R$ 1.187,97 por mês, para 40 horas semanais.

Conforme o substitutivo, além de garantir o aumento decorrente do percentual de crescimento da receita do FUNDEB, o reajuste anual não poderá ser inferior à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. O substitutivo também altera o mês para a concessão do reajuste, que passa de janeiro para maio.

O relator na comissão, deputado José Guimarães (PT-CE), votou pela incompatibilidade e inadequação financeira do substitutivo do Senado. Ele argumentou que o reajuste proposto pela casa revisora deixa de considerar a capacidade financeira dos entes da Federação.

A nova regra proposta pelo Senado pode fazer com que a União tenha que assumir o ônus de complementar a parte do FUNDEB nos casos em que os entes federativos não tenham disponibilidade orçamentária para cumprir o valor fixado”, argumenta Guimarães.

O relator afirma ainda que o substitutivo está em conflito com o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - 101/00), por deixar de estimar o impacto orçamentário e de demonstrar a origem dos recursos para o seu custeio.

Guimarães defendeu o texto aprovado anteriormente pela Câmara, que vincula o reajuste apenas à variação acumulada do INPC nos últimos 12 meses.

Tramitação


A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois segue para o Plenário.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Westphalem

Fonte: A
gência Câmara de Notícias

Esta é a versão oficial da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados Federal, os grifos são meus.

Os professores, sues sindicatos e mais a CNTE precisam acompanhar a tramitação da proposta e exercer pressão sobre os deputados federais.

Marcelo Carvalho

Comissão de Finanças da Câmara cede à pressão da Fazenda e dos governadores e rebaixa reajuste do Piso

Em decisão que contraria o processo de evolução do piso salarial profissional nacional do magistério (PSPN) e os fundamentos constitucionais de financiamento dessa política pública, a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 23 de novembro, parecer do dep. José Guimarães (PT-CE), que estabelece o INPC/IBGE como único índice de reajuste anual do PSPN.

Para os cerca de dois milhões de profissionais do magistério público da educação básica no país, essa deliberação da CFT/Câmara requerida pela Fazenda Federal e por governadores e prefeitos, não só anula a possibilidade de valorização do piso e das carreiras profissionais - por meio de medida que contraria, inclusive, preceito constitucional - como dá guarida aos entes federados que, desde a vigência da norma federal lutam, deliberadamente, inclusive por meio de ações judiciais no Supremo Tribunal Federal, contra a Lei 11.738.

Em 2008, após ano e meio de tramitação do PL 619/07, o presidente Lula sancionou a Lei do Piso e sua sucessora, a exemplo de toda base aliada do Governo Federal, utilizou-se dessa importante conquista da educação para angariar prestígio e votos não só dos/as trabalhadores/as em educação como também de grande parte do eleitorado brasileiro.

No entanto, paradoxalmente, desde que o piso entrou em vigor, a CNTE e seus sindicatos filiados têm precisado lutar pelo cumprimento dos preceitos da Lei - insistentemente descumpridos por gestores públicos -, por entender que o piso é o primeiro passo rumo à efetiva valorização de uma categoria profissional castigada ao longo de décadas, e por que não dizer séculos! Prova dessa luta está expressa nas 16 greves estaduais e nos inúmeros outros movimentos paredistas municipais, deflagrados ao longo do ano de 2011, em protesto aos desrespeitos à lei federal.

Ainda sobre as greves, importante frisar que, em nenhuma delas, as administrações públicas conseguiram comprovar a falta de recursos para o pagamento do piso, haja vista o MEC não ter utilizado os cerca de R$ 1 bilhão que dispõe para complementar os vencimentos iniciais da categoria. Também o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de mérito da ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.167), rechaçou o argumento dos governadores de escassez de recursos para cumprimento do piso, tanto por falta de provas como por considerar que as administrações públicas tiveram tempo suficiente, desde a sanção presidencial, para se adaptarem à norma. Ademais, o STF também foi taxativo quanto à constitucionalidade do piso, que precisa, por óbvio, ter sua valorização vinculada à principal fonte financiadora - o Fundeb.

Lembramos, por oportuno, que o Substitutivo do Senado, acordado entre o MEC e as entidades da educação, e que mantém a perspectiva de aumento real do valor do piso, havia sido aprovado, por unanimidade, nas Comissões de Educação; de Trabalho, Administração e Serviço Público, além da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, de forma que a CFT foi a única Comissão a recusá-lo por razões meramente de economia fiscal.

Por estas razões, a CNTE manifesta sua absoluta insatisfação com a decisão da CFT/Câmara dos Deputados, ao tempo em que procurará formas de reverter essa votação que compromete qualquer possibilidade de melhoria das condições de vida e trabalho do magistério público da educação básica.

Enfatizamos, por fim, que essa decisão da CFT/Câmara ocorre simultaneamente à pressão que o relator do PNE tem sofrido para não propor nenhum percentual de investimento do PIB na educação acima de 7%. Contudo, o indicativo do Governo Federal não atende às demandas educacionais, a começar pela que exige valorização salarial do magistério, razão pela qual a sociedade reforçará a mobilização pelos 10% do PIB para a educação.

Fonte: CNTE

Após a leitura da nota da CNTE, quero respostas para as seguintes perguntas:

- Quantos e quais deputados compõe a comissão (CFT) que aprovou a mudança da fórmula de calcular o reajuste do Piso?

- Quem votou a favor da mudança?

- Na comissão tem algum deputado paraense?


Marcelo Carvalho

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Governo do Estado não pagará o Piso aos professores

O Jornal Amazônia, do dia 24/11/2011, informa que:

Alepa aprova PPA sem emenda para pagamento do piso nacional de professor

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou, ontem, o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. A emenda que tentou incluir o piso nacional dos professores como prioridade de investimento foi rejeitada.

Edmilson Rodrigues apresentou uma emenda que incluía no texto sobre o fortalecimento da gestão o "pleno respeito" ao piso salarial dos professores, à implantação do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR) e à reposição de perdas salariais inflacionárias da categoria.

A proposta foi rejeitada, assim como a que destinava R$ 200 mil, em 2012, para aquisição de computadores para professores e a que destinava R$ 8 milhões para a qualificação profissional do trabalhador.

Ontem aqui no blog (leia aqui) já havia feito um alerta sobre a votação do PPA, sobre a necessidade de assegurar recusros para o pagamento de nosso Piso, mas infelizmente a negligência governamental foi efetivada.

Se em 2012 houver nova greve a culpa será dos Deputados Estaduais e do Governo!

Precisamos conhecer a relação nominal dos deputados que votaram contra os professores!


Marcelo Carvalho

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Se Jesus fosse professor

Recebi o texto abaixo por e-mail, fiz uma breve pesquisa na internet e o encontrei em vários blogs, mais não consegui localizar com precisão seu autor, se alguém souber, favor avisar, para assegurar os devidos créditos.


O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.


Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.


Tomando a palavra, disse-lhes:

- Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

-Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

- Felizes os misericordiosos, porque eles….

Pedro o interrompeu:

- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?


André perguntou:

- É pra copiar?


Filipe lamentou-se:

- Esqueci meu papiro!


Bartolomeu quis saber:

- Vai cair na prova?

João levantou a mão:

- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:

- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:

- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:

- Vai valer nota?


Tiago Menor reclamou:

- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.


Simão Zelote gritou, nervoso:

- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?


Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!


Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?


Caifás emendou:

- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?


Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.


– Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.


- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus levantou os olhos para o céu e disse:

"Senhor, Senhor por que me abandonastes?"

O PPA, A LOA e o Piso

PPA

O projeto do Plano Plurianual (PPA 2012-2015) do Executivo Estadual entra na pauta de votação da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (23) e poderá ser concluído ainda nesta sessão. Ontem os membros da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO) aprovaram o relatório do PPA, contendo 186 emendas acatadas pelo relator da matéria, deputado Martinho Carmona (PMDB).

LOA

O deputado Parsifal Pontes (PMDB) será o relator da Lei Orçamentária Anual de 2012 do Executivo Estadual na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa, que estima receita e despesas para o exercício financeiro e administrativo do ano seguinte. Ontem, ele anunciou que os parlamentares têm até o dia 5 de dezembro para apresentar emendas à matéria.

RELATÓRIO

Após esta etapa, Pontes apresentará o relatório das propostas parlamentares e do projeto. Até o dia 20 de dezembro a LOA 2012 tem que ser votada, como determina a legislação, sob pena dos deputados não entrarem em recesso enquanto a matéria não for concluída.

Para 2012, o projeto prevê um total de R$ 14,4 bilhões, sendo R$ 11,4 bilhões para despesas correntes. Dessas, R$ 6,4 bilhões serão gastos com folha de pagamento de pessoal. A LOA 2012, segundo aponta a mensagem assinada pelo governador Simão Jatene, prioriza investimentos nos setores apontados pelo governador como principais: educação, saúde e segurança pública. São os que têm mais custos para a gestão pública. O projeto mantém R$ 2 bilhões para educação, R$ 1,7 bilhão para saúde e R$ 1,2 bilhão para segurança pública.

Fonte: Diário do Pará

Atenção SINTEPP

O PPA e a LOA são importantes instrumentos da gestão orçamentária do estado e dizem respeito ao conjunto de intenções do executivo estadual.

A LOA e o PPA são importantes na medida em que sinalizam ou não a disposição do governo em cumprir a lei do Piso Salarial. Por exemplo, se o PPA e a LOA alocarem recursos para garantir o pagamento integral do Piso, indicarão que há compromisso com a categoria. E se forem omissos, revelarão que haverá calote.

Embora a matéria do Diário do Pará não forneça muitos detalhes sobre o PPA e a LOA, um dado indica que o SINTEPP e toda a categoria devem ligar o sinal de alerta e iniciar pressão sobre os deputados da ALEPA. Refiro-me ao valor do investimento em educação, segundo publicado no jornal: O projeto mantém R$2 bilhões para educação.

Este “manter” significa reservar o mesmo valor do orçamento de 2011?

Em caso de resposta positiva está sacramentado o calote, pois conforme os argumentos do governo este orçamento é incapaz de pagar o atual Piso, como sabemos que o Piso de 2012 será em torno de R$1450,00, fazendo um trocadilho “pobre” se o “manter” for “mantido”, podemos preparar as faixas e cartazes para a greve de 2012, infelizmente.

Ps. Observação pertinente - Se o “manter” for “mantido” como fica o argumento do governo de que não paga o Piso porque trabalha com o orçamento deixado pela gestão passada?

Os. 2 – Caro leitor se você conhece outra explicação para o “manter”, deixe um comentário aqui no blog.

Marcelo Carvalho